segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vivendo da Improvisação - O Inicio do Gerenciamento de Projetos....

   Ainda em seus primeiros anos de existência e sem que se possa
mensurar em data correta, os primeiros processos relacionados a algum
gerenciamento de projeto eram completamente desconhecidos e conduzidos
sem nenhuma especificação. Por tal motivo este período ficou conhecido
como "era da improvisação", onde cada executante de um projeto fazia os
processos ao seu modo, sem nenhum padrão de coordenação ou
planejamento estratégico, ou ainda gerência de projeto.
   Nesta “era” ficou marcado um método de trabalho totalmente baseado
nas tomadas de decisões dos analistas de sistemas, onde os mesmos tinham
grande poder de persuasão sobre os usuários, este devido ao grande
obstáculo que era interagir, ou mesmo utilizar um computador. Devido à
grande falta de preparo e conhecimento dos usuários para operar os
equipamentos, os analistas de sistemas dominavam e controlavam toda e
qualquer regra de negócio que o software ou a área de Ti (nesta época
denominada como CPD) deveria executar.
   A partir de tal comportamento, começava a ser tornar clara a
necessidade de uma coordenação de projetos e esforços para realização das
tarefas demandadas ao setor de Tecnologia da Informação. Com usuários
despreparados e setores de tecnologia ainda mal dimensionados, esta era
tornou-se o fator de desenvolvimento de projetos através de demandas.
Um grande fator para tal dimensionamento errado concentra-se nos
gerentes de informática ou responsáveis pelo setor. Os mesmos eram
profissionais que anteriormente desenvolviam linhas de códigos ou atuavam
fazendo a análise dos sistemas por muitos anos na mesma empresa. Os
mesmos tinham grande tempo de experiência nestas áreas, porém não
detinham nenhuma formação administrativa ou conhecimento de gerência ou
mesmo algum senso processual, senão os que envolviam e se diziam respeito
aos modelos de atuação do setor de informática, tendo desta forma uma
grande deficiência em gestão de processos. Tais profissionais traziam vasta
experiência apenas no tratamento de dados na visão do desenvolvedor, sem
qualquer percepção da transformação do dado em informação ou ferramenta
que o mesmo auxiliasse na gerência de processos/projetos ou mesmo na
tomada de decisão.
   Citado em um de seus trabalhos, e que se tornou uma definição para um
projeto mal sucedido (PRADO 1999, p. 12): "Aceitação imediata, Entusiasmo
Selvagem, Desilusão, Confusão Total, Caça aos Culpados, Punição de
Inocentes, Promoção de Não Participantes.”.
Com este conceito, começava a transparecer a necessidade de uma
padronização e coordenação ativa de projetos, que ainda passaria por diversas
fases até a sua inicial existência.

Fonte::Trabalho de Monografia Moises Mitrioni - Governança de TI - Pós-Graduação - Fumec. PRADO, DARCI SANTOS DO (1999). Planejamento e controle de projetos. Minas Gerais: Editora de Desenvolvimento GERENCIAL.

Um comentário:

  1. Tem andado com o pessoal da psicologia? Eles que adoram esses títulos atraentes... rsrs Mas falando sério, a escrita tá muito boa e o conteúdo está muito acessível. Parabéns *-*

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